terça-feira, 1 de maio de 2012

superstar ballet










































































Queridos visitantes! Espero que o tempo chuvoso não tenha lhes
impedido de buscar inspiração e colorir o seu fim de semana e
feriado... Não foi difícil para mim tropeçar por aqui em memórias
tão felizes como as que nos deixou Nureyev, e que coloriram minha 
imaginação.Impossível não se render ao seu excepcional talento!
Ele sempre gostava de mencionar o seu nascimento.Nasceu antes 
do tempo previsto, quando sua mãe estava em viagem pela Sibéria 
próximo as margens do lago Baikai em um trem em 1938. Pensava 
nesse  acontecimento, como um presságio da sua vida:o movimento 
perpétuo, a vida nômade, a busca contínua. Sua infância foi triste, 
marcada pela miséria e fome. Mais tarde descobriu na dança o sonho,
como uma transgressão da realidade.
"Na capital francesa, Nureyev  foi a encarnação do nobre selvagem 
de Roussean......Inocente das máculas da civilização."
Ele teve muitos papéis importantes como bailarino e coreógrafo.
Foi o precursor de um movimento de abertura para o papel masculino
na dança: Na época não era permitido ao homem dançar tão
expressivamente como uma mulher. Ele introduziu um estilo suave, 
solos macios a dança masculina. Conseguiu também uma abertura
interessante com estilos contemporâneos. Era muito moderno,
rigoroso, sensível, inteligente e compreensivo com os coreógrafos.

" Ao viajar, podemos encontrar-nos obrigados a falar várias línguas 
diferentes, mas os bailarinos têm que ser poliglotas no que diz 
respeito ao ballet.Bailarinos poli.Se tornar intérpretes de diversos 
estilos, através de várias técnicas."
                                                                        Rudolf Nureyev

Em visita ao Brasil pela quarta vez em 1988, surpreendeu a todos 
com inabalável bom humor e enorme paciência para perguntas, 
fotografias autógrafos. Sorridente e brincalhão.


"Nureyev entrou com um salto e saiu em uma respiração. Nós nunca 
esqueceremos deste bailarino que veio do frio, que deslumbrou-nos
e depois nos fascinou com tanta frequência. Com a morte de Nureyev,
era mais do que um dançarino que nos deixou: ele foi um momento de
dança, assim como um momento na Opera tinha ido embora com La 
Callas.Ambos deixaram sua marca na sua arte e nada mais será o 
mesmo novamente.Rudolf Nureyev beirava a genialidade.Ele tinha o 
talento, a estranheza, a singularidade e a audácia.A dança era toda a 
sua vida e de certa forma, pode-se dizer que o dia em que ele parou 
de dançar, ele começou a morrer. 
Ele foi exigente, tanto em relação a si e aos outros e ele não sentia 
o desejo de agradar. 
As discussões apenas reais que ele teve foram com a sua arte e ele
olhou para o mundo com uma atitude um pouco divertido, cínico e, 
muitas vezes desdenhoso.Sua morte nos machucou profundamente.
Eu o conhecia há mais de trinta anos. Nós éramos amigos.
E, no entanto, não estou certo de que lhe demonstrei o suficiente 
reconhecimento e gratidão.Será que nós dizemos-lhe como único era?
Será que vamos agradecer-lhe o suficiente para a emoção que ele nos 
deu?Será que vamos provar nossa admiração e amor que devemos ter?
Eu não sei. O que eu sei agora é que estamos sozinhos, que é 
irreparável o que aconteceu e que um dançarino brilhante, se foi para 
sempre." Janeiro de 1993. 
                                                                             Pierre Bergé




3 comentários:

Atemporal disse...

Linda postagem Leila,

Rudolf Nureyev considerado um dos mais célebres bailarinos do balé clássico mundial do Século XX, foi inovador em sua trajetória destacando-se na dança moderna e clássica.
Fiquei emocionada com o texto e com o vídeo... belíssimos!!
Concordo com Pierre Bergé, acredito que Nureyev não recebeu suficiente gratidão pelo que ele nos doou em termos de arte, emoção e amor à dança e à vida...
Ele foi único no que criou, de um brilhantismo incomparável... com sua morte o mundo ficou órfão do seu imenso talento.
Martha Graham disse “A dança é a linguagem escondida da alma” e Nureyev expos sua alma para o mundo como ninguém o fez jamais.

Beijos!
Elaine

Leila Zimmermann disse...

Obrigada Elaine, Que Bom que gostou do post, eu assim como Nietzsche Só acredito num Deus que sabe dançar!!!
Volte sempre!!!bjks

leilazimmermann disse...

"Danço melhor quando estou cansado, se já perdi metade do fôlego sei que vai sair tudo certo, os músculos responderão." (Rudolf Nureyev)